CINEMATEQUE: RODOLFO VALENTINO (Valentino, 1951)

Um dos fracassos mais notórios da história da Columbia Pictures, Valentino é na verdade bastante divertido - mas apenas quando considerado como uma obra de ficção. Ao dramatizar a vida do amante latim da tela silenciosa, Rudolph Valentino, o roteirista George Bruce ignorou praticamente todos os fatos, mesmo aqueles de domínio público; Além disso, com exceção do Valentino, todos os nomes dos personagens da vida real foram alterados para evitar ações judiciais. O que resta é um conto de fadas divertido sobre um jovem dançarino napolitano chamado Rudolph Valentino (Anthony Dexter), que se junta a uma companhia de dança dos EUA dirigida por sua amante Marie Torres (Dona Drake). Na viagem de navio para Nova York, Valentino conhece a famosa estrela de cinema Joan Carlisle (Eleanor Parker), provocando um breve romance transatlântico. Uma vez na América, Valentino se sustenta como lavador de pratos e gigolô antes de Carlisle apresentá-lo ao grande diretor William King (Richard Carlson), que faz com que o jovem imigrante consiga alguns papéis extras em Hollywood. Valentino se torna uma estrela da noite para o dia depois de ser selecionado para atuar no principal personagem em "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse". Como sua fama aumenta, Valentino reacende seu caso com Carlisle, mas não se comprometerá com o casamento. Ela se casa com King no rebote, mas o romance começa novamente quando Valentino e Carlisle são escalados juntos no filme "O Sheik". No auge do seu estrelato, Valentino morre de peritonite. O filme termina com a misteriosa "Dama de Preto" fazendo sua peregrinação anual ao túmulo de Valentino. Não serve para listar as muitas imprecisões e anacronismos do filme, embora seja importante mencionar que seu último filme não foi "O Sheik", mas "O Filho do Sheik". Como uma biografia filmada, Valentino é inútil. Como um filme puro e simples, não é ruim. Mesmo o muito difamado Anthony Dexter, um desconhecido que foi lançado simplesmente com base na semelhança física, é aceitável no papel-título, embora ele não chegue nem perto do magnetismo e carisma do Valentino original.

Título original: Valentino

Ano: 1951

Duração:102 min.

País: Estados Unidos

Direção: Lewis Allen

Roteiro: George Bruce (Relato: George Bruce)

Música: Heinz Roemheld

Fotografia: Harry Stradling Sr.